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Conheça as programadoras de jogos

Mulheres, no mundo dos games sempre são vistas como minoria ainda que ultimamente tenha aumentado bastante a participação delas nos jogos. Mas desde o Atari 2600 há muitas programadoras que vêm trabalhando na linha de produção de jogos. Aqui há apenas algumas das mais conhecidas, assim como a primeira programadora do mundo. Além disso, preparei uma lista com os programadores que mudaram de sexo. A lista não têm todas que trabalharam com games, mas dá uma boa margem de algumas que já trabalharam com os jogos.

(Lady) Ada Lovelace
Tá, ela nunca jogou videogame, nem mexeu em um PC, mas muito da informática deve-se a ela. Única filha legítima do poeta Lord Byron. Ela se interessou pela máquina analítica (um ancestral dos computadores) e pela máquina diferencial (máquina para cálculos com polinômios) criadas por Charles Babbage. Em 1842, Babbage convida a Ada a traduzir um texto do matemático italiano Luigi Menabrea para o inglês, sendo que em uma das notas aplicadas ao texto ela criou um algoritmo para que a máquina analítica calculasse os números de Bernoulli em sua nota de tradução “G”. Desde então, ela é considerada a primeira programadora.

Anne Westfall
Era casada com o também programador Jon Freeman (no centro da imagem) na qual trabalhavam à época para Epyx e posteriormente fundariam a empresa Free Fall Associates. Ela programou principalmente a série de jogos estratégicos Archon, lançados para computadores e similares ao xadrez (Archon: The Light and the Dark; Archon II: Adept e Archon Ultra). Abaixo, o Archon Ultra lançado em 1994:

Brenda Brathwaite
Ela trabalha com games desde 1981 e têm cerca de 22 jogos creditados como a série de RPGs Wizardry e também os jogos mais recentes da Mansão Playboy e o Dungeons & Dragons Heroes. Além de ser ativista do movimento anti-censura nos jogos e fundadora do International Game Developers Sex Special Interest group. Abaixo ela fala sobre os que não gostam de videogames:

Carla Meninsky
Ela era uma das duas programadoras do Atari 2600 (a outra era a Carol Shaw, abaixo). Foi criadora do jogo Dodge’Em (ou Dodge Cars conforme foi nomeado pela Sears) e também Warlords. Ela cuidou da adaptação do jogo Tempest para o Atari 2600, mas este nunca foi lançado. Em 2002, ela discursou para o senado norte-americano sobre a biometria e identrificação de roubos.

Carol Shaw
A pioneira programadora mais famosa. Ela criou o River Raid para Atari 2600 e 5200, além de jogos como Video Checkers (Damas), 3D Tic-Tac-Toe (jogo da velha), Super Breakout (em conjunto com Steve Jobs e Steve Wozniak que posteriormente fundariam a Apple) e Polo. Deixou a Activision para trabalhar na Intellivision onde trabalhou no jogo Happy Trails. Atualmente está casada com Ralph Merkle, especialista em nanotecnologia.

Dona Bailey
A primeira programadora de arcades da história e criou junto com Ed Logg, o jogo Centipede. Em 1984 ela colaborou com o bizarríssimo jogo Deus Ex-Machina também (subseção The Machine). Atualmente ela dá aula nod epartamento de retórica e escrita na Universidade de Arkansas e também apra uma classe especializada em design de jogos.

Laura Nikolich
Também criou jogos para o Atari 2600, ambos baseados em franquias: Care Bears (Ursinhos carinhosos) e Spider-Man (em conjunto com David Lamkins que cuidou da sonorização). Tamb=ém fez Frogger 2 e Orbit para Colecovision, Ela trabalhava para a Parker Brothers nessa época. Uma entrevista muito interessante com ela aqui.

Marilyn Churchill
Ela criou ferramentas para o desenvolviemnto de jogos para o Atari 800, além de outros jogos como Submarine Commander (VCS/2600), Space Invaders (5200) e Meebzork (5200). Nos anos 90 trabalhou para a Sega em jogos como Eternal Champions, Crystal’s Pony Tale, Jurassic Park e Taz-Mania geralmente cuidando da arte desses jogos. Além do jogo para DOS, Super Solvers: Challenge of the Ancient Empires! Atualmente é ilustradora da série “Mystic Heroine Adventures”. Veja o portifólio dela aqui.

Rieko Kodama
Ela trabalhou e ainda trabalha com a Sega, sendo responsável por criar o desenho dos personagens de Sonic the Hedgehog e Mystic Defender, além de criadora de zonas do Sonic the Hedgehog 2. Ela foi redatora e design executiva de Phantasy Star I e também do II. Em 2009 foi produtora do jogo 7th Dragon para Nintendo DS. Curiosamente, antes de fazer a faculdade, ela ficou em dúvida entre arte e arqueologia, acabou escolhendo o primeiro e no fim, acabou criando seus próprios monstros.

Roberta Williams
Como vocês podem estar acompanhando, há uma grande ligação entre mulheres e RPGs. E a Roberta ajudou a criar uma das mais longas séries de RPGs: King’s Quest. Desde o início ela trabalha na empresa hoje conhecida como Sierra On-Line. Curiosamente, ela apareceu na capa de dois jogos seus: O adulto Softporn Adventures e o infantil Mixed-Up Mother Goose, além de aparecer no final de Leisure Suit Larry III. Sua maior realização com um dos cartucho que levam o seu nome é o Phantasmagoria. Atualmente ela não trabalha mais com criação de jogos, ficando restrita a produção de romances históricos.

Transexuais:

Danielle Bunten Berry (nascido Daniel Paul Bunten)
Daniel começou publicando o jogo M.U.L.E. que foi portado para vários computadores e consoles e foi o primeiro jogo multiplayer a fazer sucesso. Também lançou Seven Cities of Gold e Modem Wars, fez cirurgia de mudança de sexo em 1992, lançou um remake do Modem Wars chamado WarSport em 1997 na rede social MPlayers e acabou falecendo em 1998 devido a câncer no pulmão. O importante é que todos os jogos que ela fez são multiplayers e não achava interessante os jogos individuais. Foi homenageado por Will Wright nos jogos Spore e The Sims.
Site em homenagem a ele.

Rebecca Heineman (nascido William [Bill] Salvador Heineman)
Começando pelo fim: Em 2003 ele foi diagnosticado com Transtorno de identidade de gênero e começou a fazer cirurgias para a alteração de sexo. E em 2008 publicou Sailor Ranko, uma webcomic que mescla vários mangás (principalmente CLAMP) Nos anos 80 ele participou da confecção de vários jogos como Battle Chess, Mindshadow e Borrowed Time. Além disso, adaptou Another World (Out of this World) para Apple IIgs e Super NES. Atualmente, ela é CEO da Contraband Entertainment, além de ter sido um dos fundadores da Interplay e da Logicware.

Ex-colaborador do Passagem Secreta.

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Categories: artigos
  1. 6, abril, 2011 em 06:48 | #1

    Carece de fontes, mas lembro de já ter lido a respeito do programador do M.U.L.E. onde era dito que ele se arrependeu da cirurgia de mudança de sexo, e passou a dar palestras desencorajando quem estivesse a fim de fazer essa cirurgia.

    Como digo carece da fonte, mas vou dar uma procurada e me auto-respondo 🙂

  2. 6, abril, 2011 em 07:02 | #2

    Quando li o título, por um momento pensei que fosse um texto sobre como as mulheres envolvidas com games sempre passam por discriminação de quem acha que são homens =P

  3. 6, abril, 2011 em 07:48 | #3

    @Patty K

    Eu também pensei nisso… O Talude tá ficando sensacionalista!

    Eu admiro muito o trabalho dessas mulheres… Até porque os ambientes de desenvolvimento de jogos são comumente ocupados por homens. Sei lá, quando vejo que uma mulher é responsável por parte da experiência de jogo – seja por música, design, programação e etc – fico bastante impressionado. Aliás, acho até sexy 😛 Mas é bom que o Talude alertou que algumas dessas podem ter sido homens em vidas passadas!

  4. 6, abril, 2011 em 18:45 | #4

    Tá, eu assumo. Não consegui achar um bom título para mesclar as duas coisas 🙂

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