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Review – Sonic 4 Episode II

Um pouquinho de história…

Antes de começarmos, vale a pena refrescar um pouquinho a memória: em meados de 2009, um tal de Projeto Needlemouse surgiu na Internet através de um teaser trailer divulgado pela Sega. O tal vídeo imediatamente despertou curiosidade ao mesmo tempo que criou expectativa dentre os fãs de Sonic, uma vez que “Mr. Needlemouse” era o apelido dado por Naoto Oshima – criador do ouriço – em seus primeiros esboços do personagem, antes de batizá-lo oficialmente. Logo depois, em 2010, o projeto se revelou ser Sonic 4, em uma tentativa de dar continuidade aos jogos 2D de Mega Drive, tanto em relação ao enredo quanto à qualidade. Qualidade essa, inclusive, da qual o personagem tinha sérios problemas até então, com jogos como Sonic Heroes, Shadow The Hedgehog e Sonic The Hedgehog de 2006, que prometiam fazer e acontecer, mas no fim das contas traziam nada mais do que sérios constrangimentos; games como esses até mesmo foram recolhidos das prateleiras pela Sega a fim de dissociar a imagem de Sonic a jogos de aparência duvidosa.

Após alguns vazamentos de versões beta, das consequentes críticas dos fãs em relação às mesmas, de atrasos no lançamento e de várias promessas, Sonic 4 Episode I foi lançado para quase todas as plataformas até então. E o jogo, desenvolvido pela Dimps (responsável por outros jogos do personagem para os consoles portáteis) não agradou muito: era excessivamente fácil e curto, pouco original e, mais importante: As físicas de controle do personagem eram quase que obscenas. A movimentação de Sonic não apenas diferia bastante em relação aos games do Mega Drive, como também era algo de extremo mau gosto; o ouriço quase que não possuía velocidade, a inércia era nula, enfim, várias coisas aconteciam das quais eram incabíveis dentro de uma lógica em como controlar o personagem.

Ainda assim, o jogo não era tão abismal quanto fiz parecer acima, e mostrava ser bem promissor apesar de suas falhas o arruinarem para muita gente (tipo, eu). Por isso, após o excelente Sonic Generations e a ressureição em grande estilo de Sonic CD, a Sega prometeu consertar o que deu errado em Sonic 4 Episode I a fim de lançar uma continuação que agradasse tanto quantos os títulos citados acima, melhorando os gráficos, trazendo Tails e, principalmente, refazendo todas as físicas. Será então que a escorregadia empresa cumpriu com o que prometeu ou deixou seus fãs na mão mais uma vez?

Mais do mesmo

A primeira regra para aproveitar bem Sonic 4 Episode II: Evitar comparações com o Classic Sonic de Sonic Generations. Aquilo era parte de um projeto multi-milionário produzido pela própria Sega; S4E2 (que lixo de abreviação) é um título para download cuja produção foi terceirizada. Ideias, títulos, ambições, enfim, tudo é diferente entre os dois jogos. Partindo desse princípio, fica bem mais fácil conferir o que esse novo episódio de Sonic 4 tem a apresentar, sem parecer um chato que acaba confundindo abordagens diferentes com erros.

Ainda assim, tanto Generations quanto Episode II têm uma relação em comum da qual é impossível se desfazer: ambos revisitam o passado para projetar suas fases e conceitos. E daí vem o primeiro dedo na ferida: enquanto que o primeiro fez isso de forma intencional e ainda assim apresentou novas ideias que ficaram muito bacanas, em Episode II tudo parece mais uma cópia plastificada do que qualquer outra coisa. É muito difícil encontrar qualquer novidade: a primeira fase, Sylvania Castle, se assemelha à Aquatic Ruin Zone de Sonic 2 com elementos da Marble Garden de Sonic 3; a White Park se parece com a Ice Cap e a Carnival Night de Sonic 3; a Oil Desert se inspira na Oil Ocean de Sonic 2 com alguns elementos da Sandopolis de Sonic & Knuckles (além de algumas reminiscências da Dust Hill Zone, fase cancelada de Sonic 2) e a Sky Fortress mistura a Sky Chase com a Wing Fortress, ambos de Sonic 2, com algumas coisas da Flying Battery e a Death Egg de Sonic & Knuckles. É um remendo só. Durante quatro zonas, o fã ardoroso dos jogos mais clássicos do personagem se encontrará em constante déjà vu; é quase impossível ver algo totalmente novo e surpreendente que impressione e, ao mesmo tempo, divirta. Junte isso à baixa dificuldade desses estágios, e as chances de miseráveis primeiras horas de jogo são bem extensas. Felizmente ou não, o jogo subitamente tem uma empolgante guinada criativa (proporcional ao aumento súbito da dificuldade) nas fases Death Egg mk. II e no chefe final, mas o desfecho acontece e há apenas a esperança de conteúdo original em um possível Episode III. Porque, se bobear, não tem nem mais o que tirar dos games antigos…

…nem mesmo o Special Stage

Diante da falta de originalidade, vale citar a presença de Tails, que a princípio serviria para trazer novas possibilidades de jogo e, consequentemente, novos ares à jogabilidade. Com ele, é possível chamá-lo a qualquer momento para efetuar três comandos: o Copter Combo, do qual Tails pode levar Sonic nos braços e voar com ele a fim de alcançar outros lugares (com um certo limite, claro); o Submarine Combo, que é a mesma coisa só que embaixo d’água (sem limites de quanto tempo Tails pode aguentar levar Sonic como carona); e o Rolling Combo, quando os personagens se unem e saem rolando sem controle, útil para quebrar certas paredes ou cavar por baixo da neve. Apesar da premissa ser bem legal, em nenhum momento essas habilidades são usadas de forma criativa; o jogo apenas obriga que você use determinada habilidade em certo lugar, e só.  O uso burocrático desses comandos não seria algo que conta necessariamente como ponto negativo; é até interessante contar com o Tails para se livrar de enrascadas, explorar alguns poucos lugares e até para pegar moedas no Special Stage (sendo que ele não as perde quando bate em algum obstáculo, consertando uma injustiça de Sonic 2). Mas a impressão que dá é a de que nem todas as possibilidades que a presença da raposa de duas caudas traria foram exploradas, fazendo do animal apenas um escravo do ouriço.

Porém, certa parte dessas falhas pode ser compensada no multiplayer, tanto local quanto online. A solução encontrada para quando um personagem “sai da tela” também é eficaz e, quando ambos os jogadores estão interessados em chegar até o final da fase, a diversão aumenta bastante, principalmente na batalha contra os chefes. Lembra bastante a forma cooperativa dos jogos da série Donkey Kong Country, por exemplo.

“E as físicas?” É o que provavelmente você está perguntando agora. Por sorte, os problemas do primeiro episódio foram corrigidos: Sonic não perde mais o impulso, os “momentos automáticos” foram diminuídos, e há diversas outras melhoras na jogabilidade. Ainda assim, não é uma recriação perfeita de como era controlar o ouriço nos jogos de Mega Drive, sendo diferente por si só sem significar que seja algo insuportável como foi em Episode I. A única reclamação aqui fica por conta do Homing Attack, do qual considero absolutamente dispensável e bastante impreciso – existirão vários momentos em que você irá errar a mira nos inimigos assim como atingí-los sem querer, e, em ambos os casos, fará com que o personagem caia em lugares indesejados.

Por isso, para aqueles que não viram problemas no primeiro jogo, se sentirá ainda melhor com a jogabilidade mais solta e fluida. E, aos que reclamaram, sintam-se finalmente ouvidos pela Dimps.

A dificuldade, infelizmente, não teve uma significativa melhora. Episode I sofreu várias críticas por ser fácil demais, dando vidas em excesso sem trazer um desafio à altura para perdê-las. O segundo jogo teve uma leve melhora nesse sentido, mas ainda há aquela facilidade para passar das fases – além de você receber vidas e continues extras a rodo. O curioso é que a coisa muda de panorama nos chefes, sendo bem difíceis, desafiadores e até mesmo cansativos, dependendo das habilidades de quem está no controle. Nas últimas fases, eles se tornam absurdamente complicados de derrotar; porém, se você tiver todas as esmeraldas, basta se transformar em Super Sonic que a luta está praticamente ganha. Esse desequilíbrio no desafio demonstra claramente uma falha no design, contribuindo para a perda da diversão nesse sentido. Se por um lado o jogo pode ser frustrante, por outro pode ficar fácil demais ao apertar de um botão.

Ao terminar, existe pouco no qual pegar motivação para jogar novamente (além do Episode Metal, caso o jogador tenha o Episode I instalado). Há a busca por anéis vermelhos, dos quais há um escondido em cada fase; porém, a única recompensa ao coletar todos eles é um achievement. Até vale a pena para quem gosta de platinar os jogos, mas a atitude da Dimps e do Sonic Team é algo do qual eu sou extremamente contra: substituir um desafio  que poderia servir para destravar conteúdo adicional no jogo por um troféu ou acréscimo de pontos no gamerscore. Para piorar, o final não tem diferença alguma caso o personagem deixe de coletar todas as esmeraldas.

 Gráficos refinados, mas a música…

Em relação aos visuais, Sonic 4 Episode II oferece melhora, com os cenários e personagens tendo uma aparência bem mais natural, detalhados suficientemente a ponto de parecerem bonitos sem poluir a visão – e nem prejudicar a taxa de frames, que fica a constantes 60 quadros por segundo. O único problema fica realmente na repetitividade do design, que, como dito acima, recicla quase tudo que já foi criado nos jogos anteriores. Assim, os gráficos acabam impressionando pouco, já que não há muito senso de novidade; espera-se que, se um dia existir um Episode III, exista conteúdo totalmente original para fazer uso do motor gráfico desenvolvido para a série.

Quanto à trilha sonora… Em Episode I, o famoso Jun Senoue optou por abrir mão do J-Rock do qual suas melhores composições para os jogos do Sonic são caracterizadas, e preferiu fazer algo que remetesse às origens da série, utilizando os mesmos sons de bateria da música dos dois primeiros jogos da série além de timbres bem estridentes que lembrassem um sintetizador bem limitado, remetendo ao YM2612 do console de 16-bit da Sega. A escolha foi infeliz: as composições não são memoráveis e a diversidade dos arranjos e instrumentação era mais restrita do que o próprio Mega Drive era capaz de executar de fato. O resultado foi decepcionante, porém passável, com a esperança de haver uma possível mudança na continuação.

Ledo engano. No segundo episódio, houve o contrário: Jun foi ainda mais fundo no mesmo conceito do primeiro jogo, adicionando mais harmônicos aos seus arranjos sem de fato aumentar a diversidade de timbres e sons, o que, unindo às composições menos inspiradas ainda, traz a primeira trilha sonora-enxaqueca da série Sonic. Algumas melodias chegam até a ficar na cabeça por um tempo, só que mais por se repetirem muitas vezes durante o jogo do que necessariamente por serem memoráveis. Falando nelas, até que existem algumas ideias interessantes: as músicas da Sylvania Castle tem um quê de música latina que fará lembrar de algumas passagens da Aquatic Ruin Zone de Sonic 2, mas os sons sintetizados são simplesmente horríveis e repetitivos. Ouça a música abaixo, do primeiro chefe de fase. A duração dela é de apenas 20 segundos, loopando indefinidamente a partir daí! Como levar a sério algo tão retardante?

Ainda assim, existem algumas pouquíssimas faixas que merecem crédito por serem uma boa surpresa, como nesse arranjo muito legal da Stardust Speedway, de Sonic CD.

Porém, no geral, a trilha sonora lamentavelmente deixa muitíssimo a desejar. Um verdadeiro desperdício criativo provocado por uma vontade sem sentido em ser retrô. Ainda se chamassem o Yuzo Koshiro… #sonha

Em resumo…

Sonic 4 Episode IIPlataformas:  Playstation 3, Xbox 360, PC, iOS, Android, Windows Phone.

Produtora: Sega (Sonic Team)

 

Desenvolvedora: Dimps

Gráficos – Nota 8

 – Bons, fluidos e detalhados sem parecer poluídos. Perde pontos por estar limitada à resolução de 720p, mesmo na versão para PC.

Som – Nota 5

– Trilha sonora diarréica, com composições dispensáveis e arranjos estridentes e irritantes. Pior do que qualquer coisa vinda do Mega Drive. Dando continuidade a um equívocdo Episode I, o efeito sonoro do spindash continua trocado com o do dash normal.

Jogabilidade – Nota 7

– Erros do primeiro jogo consertados. Uns bugs aqui e ali, mas nada de prejudicial. A inclusão de Tails como parceiro traz novas mecânicas, mas não é o suficiente para justificar sua presença no jogo. A busca pelos anéis vermelhos traz apenas um achievement estúpido.

 

Diversão – Nota 6

– Um jogo curto com pouca coisa original a oferecer, pegando elementos de vários outros jogos da série. O design das fases é bem burocrático e a dificuldade é desbalanceada. A última fase, os chefes e o modo co-op salvam o dia, pelo menos.

TOTAL: 6,5

 

– Se você for fã do Sonic, provavelmente irá se render e comprar; é um jogo mediano, mas não é ruim a ponto de evitá-lo, apesar de curto. Para aqueles que apenas acham legais os jogos de Mega Drive ou são retrogamers procurando uma diversão descompromissada, pense duas vezes: ao preço de aproximadamente 15 dólares (ou 30 reais), está um pouco caro em comparação a outros títulos pelo mesmo preço no mercado de distribuição digital. Espere por uma promoção antes de pensar em adquirir.

A avaliação acima foi baseada na versão de Xbox 360. O Episode Metal não foi jogado.

Ex-colaborador do Passagem Secreta.

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Categories: reviews
  1. Thiago
    20, maio, 2012 em 17:50 | #1

    Tô aqui a ponto de temrinar o 4-2 É mais ou menos isso mesmo. Espero que num possivel Sonic 5 o Sonic Team (ou Dimps) façam algo com orçamento maior e com mais novidades, não só no sentido do ambientes das fases, mas eu diria que seguir um estilo mais longo tipo o Donkey Kong Country(returns do wii por exemplo) onde cada mundo tem 7/8 atos, de preferencia com uma tradicional quantidades de 8 (ou mais) mundos me faria bem mais feliz

    • 20, maio, 2012 em 19:30 | #2

      Acho que a tendência é a de ficar só com o Sonic 3D, já que finalmente conseguiram acertar com o Sonic Colors e o Generations. Mas vamos ver se eles dão continuidade a esse Sonic 4 aí….

  2. 21, maio, 2012 em 00:36 | #3

    Excelente review! Eu gostei do primeiro mas confesso que foi o hype que falou mais alto, depois passei a ver as falhas e vi que a SEGA poderia ter feito um serviço melhor. Bom, vou esperar as promoções na App Store antes de baixar essa continuação, mas pelos videos parece que o jogo ficou melhor. Mas enquanto não surge promoção, vou voltar ao Sonic CD. Abraços

    • 21, maio, 2012 em 00:42 | #4

      Se bobear deve sair em breve alguma promoção unindo os dois jogos. Só esperar…

      • 28, maio, 2012 em 16:13 | #5

        No iOS existe essa união chama-se Episode Metal! onde a gente joga com o Sonic Metal

  3. Tiago Charão
    21, maio, 2012 em 16:49 | #6

    Eu gostei do jogo quando comparado com o episódio 1, gostei das habilidades compartilhadas junto ao Tails, mas quanto comparado aos clássicos, realmente fica abaixo do esperado. As músicas não são marcantes também. Mesmo assim, é um dos melhores jogos da franquia para a nova geração.

  4. Gamer Caduco
    22, maio, 2012 em 00:30 | #8

    Rafael, curti bastante sua análise. Mesmo que eu discorde de algumas coisas, vi que vc avaliou o jogo da melhor forma possível e expressou bem sua opinião, diferentemente de outros reviews que vi por aí que só meteram o pau ou elogiaram demais. Seu texto é coerente!
    Bom, primeiro eu concordo que a trilha sonora deixou a desejar. O ep I já tem músicas pouco marcantes (embora gostei de algumas), o segundo conseguiu piorar. Eles poderiam ter apelado pra algo limitado a 16 bits DE FATO, não algo que parecesse estar limitado. Não conheço termos técnicos, mas talvez tenha ficado compreensível o que eu disse! hahaha
    Quanto ao resto, vou bancar o advogado do Diablo (ops, jogo errado). Bom, desde o começo a SEGA disse que lançaria o jogo em 3 episódios, cada um meio que homenageando um dos 3 jogos lançados para Mega Drive. Fora isso, disseram que os episódios seriam curtos mesmo. Então duas coisas que foram ditas no post não podem ser consideradas diretamente um problema, na minha humilde opinião: o fato de ser um jogo curto e a "cópia" dos elementos de Sonic 2. O fato de não saberem se fazem ou não o Ep III deve ter feito com que decidissem colocar alguns elementos do Sonic 3, acredito eu. Aliás, vc chegou a jogar o Episódio Metal? Só joguei o primeiro ato e ele é basicamente uma fase do Sonic 2 (não vou dar Spoiler maior que isso). Pra fechar sobre ser curto, eu preferia que, ao invés de colocar 3 episódios no ar, eles lançassem um jogo só com todas as fases e de preferência sem a possibilidade de voltar para o mapa. Seria a cara da fase clássica.
    Sobre a dificuldade, duas coisas: primeiro que eu achei que ele tem uma certa dificuldade na fase do avião (me fugiu o nome agora), morri uma porrada de vezes na mesma parte, a ponto de ver Game Over. Apesar que já era madrugada e o velhinho aqui já tava com sono! huahuahua. No dia seguinte passei sem dificuldades. Segundo o fato do Super Sonic facilitar… eu não peguei todas esmeraldas ainda, mas no Sonic 2 era a mesma coisa, depois que abriu o Super Sonic, o jogo fica ridiculamente fácil. Exceto pela Death Egg, claro. Então ainda não sei se é essencialmente um problema isso.
    De qualquer maneira, eu sou suspeito a criticar o jogo por ser fã da série, e acredito que tudo o que vc identificou deve ser alfinetado mesmo, indepentendemente da SEGA ter justificativa pra isso ou não. Mas acho que eles tão no caminho certo, se ouvirem mais uma vez os fãs, talvez o episode III venha a ser considerado um jogo que possa ser comparado com Generations.
    Bom, foi mal pelo comentário gigante, como disse, sou fã da série, sempre que alguém cita Sonic eu meio que falo demais mesmo… mais do que normalmente falo! huahuahuaa
    Mais uma vez, ótimo review!
    Abraço

    • 24, maio, 2012 em 07:27 | #9

      Olha, eu acho que esse negócio de "homenagear" os jogos antigos da Mega não dá certo, por duas coisas: uma é que denota falta de criatividade, e outra que aumenta ainda mais a nossa vontade de comparar com os jogos antigos, e ver que eles são muito melhores que qualquer coisa feita atualmente. Além disso, o número do jogo é Sonic 4… Deveria ser uma continuação, com coisas novas, não uma "releitura", né?

      Eu não joguei o Episode Metal porque eu tenho o Ep I no PC, e o II no Xbox… Fui meio burro, né? rsrs

      Outra coisa que você apontou é a respeito da dificuldade: tá, o Super Sonic no Sonic 2 também deixava as coisas excessivamente fáceis, não é? Mas eu acho que, só porque aquele jogo clássico apresentava essa "falha", não significa que 20 anos depois isso deveria acontecer de novo… Até porque, por exemplo, no Special Stage de Sonic 4 Ep II, eles "consertaram" um dos principais problemas das fases especiais do Sonic 2: o fato do Tails viver batendo nos obstáculos e consequentemente perder as argolas.

      Enfim, espero que tenha entendido essa salada de opiniões aí… rs Valeu por comentar!

      • Victor Nunes
        29, março, 2016 em 10:20 | #10

        Mas o tails perder moedas no estagio era consequência de usar ele, uma vez que ele também ajudava pegando moeda, pois no Sonic 2 de mega você podia jogar sem ele, e garanto que era bem mais complicado.
        Acho que o super sonic é algo muito apelativo e serve como gratificação uma vez que você rala pra caralho pra liberar ele.

  5. Milton
    24, maio, 2012 em 02:36 | #11

    Parabéns Rafael.
    É muito raro atualmente ler um review tão bem feito sobre games. Não faltou nenhum detalhe em sua análise.
    Vlw!

    • 24, maio, 2012 em 07:28 | #12

      Obrigado Milton! Eu sinceramente achei que o review ficou muito longo e espantou muita gente, mas é melhor fazer algo assim do que elaborar um texto corriqueiro que todo mundo vai fazer igual.
      Falou!

  6. 25, maio, 2012 em 04:30 | #13

    Estou quase me rendendo a compra. Sonic é Sonic. Apesar de bem desanimador seus comentários – não que tenha sido uma análise ruim, do contrário uma das melhores que li – sobre o episódio II, creio que vou pegar a versão para PC até o próximo mês. Só fico meio indignado com a duração desses jogos, parece mais que estamos comprando uma marca ao invés de um jogo.

    Sobre a jogabilidade discordo um pouco, pois até gosto da jogabilidade do primeiro (não é das melhores), apesar dos vários bugs. Sobre jogabilidade automática acho que é um mal que tá pra quem quer, porque fica totalmente a vontade do jogador se utilizar dela ou não.

    Em relação ao nível de dificuldade devo recorrer a autoridade no assunto, que é o tio Naka, que em recente entrevista ao Game Industry fez sugestão (lê-se "leve crítica") sobre a série Sonic onde propõe que se eleve, mesmo que moderadamente o nível de dificuldade dos jogos futuros. Ele ainda diz que gostaria de voltar a contribuir com os jogos do ouriço azul, infelizmente "a Sega tá de bobeira".

    Rafael, parabéns pela ótima análise e se surgir a oportunidade faz uma também do Metal Episode.

    • 26, maio, 2012 em 07:42 | #14

      Valeu pelo comentário, Ighor. Eu li essa entrevista com o Yuji Naka também e até achei interessante a forma com que ele fala de como os jogos estão atualmente, como se fôssemos esquecer que ele foi um dos responsáveis pela "involução" do personagem, quando produziu o Sonic de 2006…

      A duração é uma coisa crítica do Ep II, mas ainda bem que tem o Co-op que diverte bastante, e o Episode Metal para quem gastou dinheiro no primeiro Episódio. Vamos ver se no terceiro jogo (se existir) eles fazem algo mais definitivo…

  7. themetalhero
    25, maio, 2012 em 16:52 | #15

    O review está muito bom, me encaixo no jogador que gostou do Episode 1 e achou sensacional o 2. Claro que está muito, mas muuuuito aquém do Generations, mas mesmo assim achei muito divertido. As músicas tb são simples demais perto das de Generations, acho que o episode 3 não deve mudar tanto. Talvez num futuro Sonic 5, façam algo mais inovador.

  8. 25, maio, 2012 em 23:49 | #17

    Sonic 4 foi a coisa mais inútil que a Sega já criou, não passa de um projeto feito pelas coxas pra ganhar dinheiro em cima do nome "Sonic 4", tanto o Episódio 1 quanto o Episódio 2 são jogos terríveis que não faria diferença alguma se não existissem.

    • 26, maio, 2012 em 07:31 | #18

      Eu não diria que é a coisa mais inútil que a Sega já criou, mas é fato que você tá certo ao falar que ambos os jogos não acrescentaram nada ao mundo…

  9. Talude
    27, maio, 2012 em 18:12 | #19

    Um comentário que vi no YT fala por mim:
    "Sonic 1 added Sonic
    Sonic? 2 added Tails
    Sonic CD added Metal Sonic
    Sonic 3 added Knuckles
    Sonic 4 added no one because this series dosen't NEED any more characters"

  10. dhyanrockman
    29, maio, 2012 em 12:02 | #21

    ótimo review, Rafael, bem melhor que o do Kotaku. Concordo com sua visão em relação ao game, pois comprei-o pra iPad 2 e só joguei por ser fã da série antiga; senão teria deletado. O pior, pra mim, são as músicas… Me deu tristeza.

    • 29, maio, 2012 em 21:15 | #22

      Valeu dhyan! É legal ler isso; se bem que gostei pra caramba do review do Mucioli. Agora, quando, terminei, perdi totalmente o tesão de jogar de novo ou platinar. E é uma pena ver um desperdício desses… Principalmente nas músicas. Tantas composições com potencial que foram arruinadas pela instrumentação.

  11. Milton
    30, maio, 2012 em 01:56 | #23

    Não sei se é saudosismo meu, mas as músicas do Sonic 1 e 2 são as únicas que lembro com empolgação… aliás, são as únicas que lembro. rsrsrs

    • 30, maio, 2012 em 07:02 | #24

      As minhas favoritas são as do Sonic 3 & Knuckles, porque elas são bem ecléticas, tem vários estilos ali… Apesar de no jogo parecer um pouco inconsistente.

  12. Giulian Vaz
    30, maio, 2012 em 20:57 | #25

    Parabéns pela análise Rafael, foi a melhor que eu li sobre

    De fato a trilha sonora derrubou o jogo, justo com Sonic, que tem uma riqueza enorme na qualidade das suas músicas. É algo que devia tratado como parte fundamental do jogo. Ainda mais para pessoas como eu, que gostam bastante das trilhas sonoras.
    Ao término, juntando as impressões do jogo volta aquele processo de pensar como será um próximo jogo do ouriço, sempre com a melhor as expectativas, que nunca são completamente correspondidas atualmente.
    Fica claro como preferência da maioria que em vez dos Episodes fosse lançado um jogo só, com uma quantidade generosa de fases e melhor trilha sonora. É o melhor jeito para conseguir um público maior e deixar uma premissa boa para futuros jogos.

    • 31, maio, 2012 em 22:00 | #26

      Acho que a trilha sonora deve ter sido na pressa, só pode ter sido isso. Não consigo conceber o Jun Senoue fazendo algo assim em plena consciência. Abs!

  13. Guilherme
    1, junho, 2012 em 19:05 | #27

    Putz, sou o unico que curtiu pra caramba a trilha sonora do Sonic4 ep I e II? Achei que remete muito aos classicos, e FOI FELIZ a escolha, afinal a ideia era fazer um reboot da serie plataforma sidescroll…

    Acho que vcs sao de uma geracao mto diferente, em que estao acostumados com J-Rock e o kct, musicas pauleiras, e arranjos instrumentais ao estilo GoW. Nao e' um recalque ou uma critica, simplesmente um ouvido diferente. Joguei muito alex kidd, zelda e sonic. Meu ouvido e' outro. E sei mto bem apreciar os jogos atuais, mas a critica foi violenta quanto ao jogo….

    Achei meio lamentavel isso. O resto do jogo e' otimo, so' poderia ser mais dificil. No momento que vc pega as "manhas", o jogo perde a graca…

    • 1, junho, 2012 em 21:32 | #28

      Olha, vou te falar que eu cresci ouvindo a trilha sonora dos primeiros jogos de Mega. Aliás, Game Music foi uma das minhas referências musicais durante toda a minha vida, até hoje; não tenho como predileção J-Rock, Metal ou qualquer outro tipo de porrada. Prefiro música instrumental bem melódica, como Jazz, orquestral e outras coisas.

      Dito isto, acho que, se a intenção do Jun Senoue foi a de remeter às trilhas do Masato Nakamura ou de qualquer outra música de sonic 3 & Knuckles ou 3D Blast (dos quais inclusive ele próprio participou da composição de algumas faixas), o músico passou longe e ainda conseguiu inverter, tornando essa premissa algo realmente irritante.

      Isso no caso subjetivo mesmo, na minha opinião. Mas, se a gente avaliar tecnicamente, o Senoue mandou muito mal: a instrumentação é pouquíssimo variada, o tamanho das faixas é pequena (fazendo com que loopem várias vezes) e, aliás, nada me explica essa música de 20 segundos do primeiro chefe. É algo aterrador.

      Mas, se tu gostou, só tenho que te invejar. Eu queria gostar, mas não rolou… 🙁

  14. Vinidochapa
    16, abril, 2013 em 14:05 | #29

    Ai tem mais debug do sonic 3 qnd tu for no sound test vai na fase Mushorom Hill e quando achar aquele bglh que sobe vc faiz a sequencia: <<<>>>^^^

  15. 23, julho, 2013 em 14:20 | #30

    A música de Boss de Sonic Chaos era repetitiva, mas era memorável e MUITO melhor que essa de Sonic 4-2.

    • 23, julho, 2013 em 22:25 | #31

      É essa aqui que você se refere?

      Ainda assim acho ela mais longa ainda que a do Boss do S4-2. E é boa, me lembrei que tenho que me atualizar nas trilhas dos jogos de Master =S

  16. Talude
    23, julho, 2013 em 22:59 | #32

    Perdi esse jogo na promoção do Steam, não quis comprar. Não me arrependo. Quem sabe, no futuro…

    • 24, julho, 2013 em 08:43 | #33

      Eu só joguei isso pra fazer o review. Desde então, até tentei jogar de novo até o fim (pra fazer o achievement de terminar de uma vez só), mas não aguentei e fui jogar outra coisa.

  17. JoaoM
    10, agosto, 2013 em 16:40 | #34

    Espera aí… a soundtrack não é assim tão má como a analise faz parecer. É verdade que maior parte das musicas não são nada de especial, mas existem algumas espectaculares como a do Sky Fortress Act 2 e 3 e aquela da montanha russa (White qualquer coisa, não me lembro) que me deram vontade de ir ao youtube só para as ouvir outra vez. Na minha opinião, esse parâmetro deveria ter entre 6,5 e 7, e não 5.

    • 11, agosto, 2013 em 21:07 | #35

      Questão de gosto mesmo, viu. Dessas que você citou, só gostei mesmo da Sky Fortress Act 2 mesmo. Simplesmente achei a White Park uma coisa horrível.

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